Cinema São Jorge

Após a invasão da Ucrânia a 24 de fevereiro de 2022, Bucha, Borodianka, Irpin e outras cidades da região foram bombardeadas pelas tropas russas. Depois da retirada, que ocorreu um mês mais tarde, viu-se que os danos causados foram enormes: edifícios tinham sido destruídos, os corpos de civis mortos jaziam nas ruas. Mila Teshaieva, fotógrafa e realizadora ucraniana radicada em Berlim, e Marcus Lenz, vencedor do Prémio do Público KINO 2021 com o filme Rivale, deslocaram-se logo de seguida ao país para documentarem como vivem as pessoas depois de sofrerem tais traumas, enquanto a guerra continua. O filme acompanha, com particular sensibilidade, o modo como vários protagonistas vão recolhendo os fragmentos das suas vidas desfeitas.

Após a invasão da Ucrânia a 24 de fevereiro de 2022, Bucha, Borodianka, Irpin e outras cidades da região foram bombardeadas pelas tropas russas. Depois da retirada, que ocorreu um mês mais tarde, viu-se que os danos causados foram enormes: edifícios tinham sido destruídos, os corpos de civis mortos jaziam nas ruas. Mila Teshaieva, fotógrafa e realizadora ucraniana radicada em Berlim, e Marcus Lenz, vencedor do Prémio do Público KINO 2021 com o filme Rivale, deslocaram-se logo de seguida ao país para documentarem como vivem as pessoas depois de sofrerem tais traumas, enquanto a guerra continua. O filme acompanha, com particular sensibilidade, o modo como vários protagonistas vão recolhendo os fragmentos das suas vidas desfeitas.

Corre, Lola, corre é, provavelmente, o grande filme alemão dos finais dos anos 90. Rápido, pulsante e dinâmico, o filme capta a atitude perante a vida daquele tempo de uma forma muito especial. Com Corre, Lola, corre, o realizador Tom Tykwer conseguiu que a indústria cinematográfica alemã despertasse e conseguisse provar que os filmes “made in Germany” também dão cartas no panorama internacional através do nível de originalidade e experimentalismo. Um filme de culto, frenético, no qual atravessamos Berlim três vezes com Lola a correr: "Todos os dias, a cada segundo, tomas uma decisão que pode mudar a tua vida".Este filme será apresentado numa sessão única de encerramento no Cinema São Jorge, numa cópia de 35mm! 

Nico tem origens iranianas e fala o calão de Berlim. Gostam muito dela no lar de idosos onde trabalha e onde desempenha a função de enfermeira geriátrica, porque está sempre bem disposta. No entanto, um dia é violentamente atacada ao ponto de ter de ser hospitalizada. Depois desse ataque, Nico decide que não pode voltar a ser uma vítima e inscreve-se numa escola de karaté em Neukölln. Um filme forte e encorajador, resultante de um projecto assumidamente colaborativo de Eline Gehring, Sara Fazilat e Fanny Fabritz e que foi produzido na Academia de Cinema de Berlim, DFFB.

Alemanha, 1946. Fome, escombros, soldados que regressam a casa. Charlotte inscreve-se num duvidoso e aliciante "curso para meninas", que desperta nela o sentimento de algo que lhe havia sido negado há muito tempo: a liberdade. Com imagens intensas e surpreendentes, o filme Raparigas dos escombros - a história de Charlotte Schumann conta a história do empoderamento de jovens mulheres num cenário de ruínas da Segunda Guerra Mundial. Um apelo apaixonado à solidariedade e à união entre mulheres.

A vida de Meeri Ehrlich, de 13 anos de idade, transformou-se num verdadeiro caos. A mãe morreu há algum tempo e eis que o pai, um agente funerário, tenta encontrar uma nova parceira. E quando vê Rocco, por quem tem uma paixoneta, Meeri fica nas nuvens. Mas literalmente. É que, quando apaixonada, Meeri consegue mesmo voar.

O amor na era do Tinder: um retrato certeiro da geração "se me comprometer, estou a deixar escapar alguma coisa" e uma comédia de amor encenada de forma expedita sobre sexo rápido, simulação de relações e ghosting – tudo com um pouquinho de romantismo.

Um edifício de vários andares nos limites de uma floresta, um dos últimos bastiões da civilização num mundo em desintegração. O que acontece quando os sentimentos são apenas introspetivos, quando o medo primeiro se torna pânico para depois se transformar em ódio? “Até podíamos estar mortos” é uma sátira distópica visualmente deslumbrante e admiravelmente hábil e original, que não parece assim tão distante da realidade...

Integrada numa sociedade repressiva composta por três classes, Paula, uma simples personagem secundária, enfrenta o teste mais importante da sua vida: terá de provar que merece ser uma personagem principal. Em busca de sucesso e de reconhecimento, mas também do seu próprio pai, Paula dá consigo nos abismos do mundo do cinema, à margem do enredo e perdida entre as cenas cortadas. Uma sátira social marcante, comovente e original, passada num mundo cinematográfico de fantasia.

Alice e o seu marido Peter acabam de se aposentar e estão ansiosos pela sua bem merecida reforma. Porém, num cruzeiro pelo Mediterrâneo, vêm ao de cima os problemas conjugais reprimidos ao longo de muito tempo. Trilhando cada um o seu caminho, talvez não conseguem só descobrir-se a si próprios, mas encontram também uma nova forma de passar os seus anos dourados.

Num jornal, Ruth Beckermann anuncia uma chamada de casting para um filme baseado num conhecido texto pornográfico. O filme, Mutzenbacher, vê uma centena de homens confrontados com excertos do romance, "Josefine Mutzenbacher ou A História de uma Puta Vienense", numa época em que o sexo está mais ubíquo do que nunca, e ao mesmo tempo é confrontado com um ambiente moral altamente carregado.

As Insubmissas conta a história das mulheres da República de Bona que tiveram de lutar muito, como verdadeiras pioneiras, para conseguirem conquistar alguma participação nos processos democráticos, muitas vezes contra homens obcecados pelo sucesso e pelos seus cargos. Destemidas, ambiciosas e com uma infinita paciência, prosseguiram o seu caminho e desafiaram o preconceito e a discriminação sexual. As memórias destas políticas, contadas por elas próprias, são simultaneamente divertidas e amargas, absurdas e, por vezes, assustadoramente atuais.

É de um modo inesperadamente terno, radicalmente honesto e quase documental que, na sua segunda longa-metragem, Jessica Krummacher nos fala da morte, tal como esta acontece na realidade. Fala-nos do “deixar ir” de um ente querido, do desejo de que tudo finalmente acabe e do medo que sentimos desse preciso momento. Até que por fim, tudo fica em paz.

Três raparigas adolescentes vienenses em hijab e cantam uma canção pop. O vídeo do YouTube torna-as famosas da noite para o dia, especialmente entre os muçulmanos curdos. Yesmin, que é o único dos amigos que é curdo, começa a distanciar-se cada vez mais da sua cultura. Nati e Bella, por outro lado, parecem fascinadas pelo mundo estrangeiro. Uma história de rebeldes, entre as redes sociais e a auto-descoberta, entre a fuga e o desalojamento.

Será esta ainda a minha vida ou já é um sonho sombrio? Um thriller psicológico apaixonante e labiríntico sobre um segurança atormentado por fases descontroladas do sono, em que já não consegue distinguir entre sonho e realidade. Córtex é a estreia do ator Moritz Bleibtreu como realizador, conhecido pelos filmes Corre, Lola, corre, O complexo Baader Meinhof e Soul Kitchen.

Home é um drama cinematográfico de Franka Potente sobre um ex-presidiário que, depois de sair da prisão, regressa aos subúrbios de Los Angeles e é obrigado a enfrentar os demónios do seu passado. Uma estreia visualmente impactante da atriz de culto de Corre, Lola, corre sobre o confronto das pessoas com as suas origens, a culpa e o perdão. Com Kathy Bates e Jake McLaughlin.