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Cinema São Jorge

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Piccolini Sessão 1  | O Pequeno Mundo de Leo

Piccolini Sessão 1 | O Pequeno Mundo de Leo

15ª Festa do Cinema Italiano
Uma programação do PLAY - Festival Internacional de Cinema Infantil e Juvenil de Lisboa, que nos dá a conhecer a trabalho de um dos mestres do cinema de animação Giulio Gianini, autor de grandes obras-primas realizadas em stop motion, e do autor Leo Lionni, criador de vários livros infantis. Um peixe é um peixe, Cornelius, Swimmy e Frederico são os heróis desta coleção de curtinhas, animais que se questionam e filosofam. Cinco fábulas poéticas com desenhos magníficos, adaptados dos livros do ilustrador Leo Lionni, que maravilham os mais pequenos e fazem sorrir os crescidos. Um Peixe é um Peixe (5')A amizade entre uma rã e um peixe. Uma rã conta ao peixinho as belezas da terra, e o peixinho, do fundo do seu lago, vai imaginando…. Eles são grandes amigos aprendendo a respeitar as leis da natureza. Cornelius (5')Um crocodilo habilidoso. Um crocodilo realiza uma proeza extraordinária: caminha apenas com duas patas! Assim Cornelius consegue ver mais longe do que os outros.É meu! (5')O prazer da partilha. Três rãs discutem sem parar. Um sapo dá-lhes um aviso: parem ou vão-se arrepender! Elas terão que se apoiar para ultrapassar uma tempestade.Swimmy (7')O prazer da descoberta. Swimmy é o único peixinho negro entre milhares de peixinhos vermelhos. Um dia apareceu um grande peixe, feroz e faminto…. A curiosidade e a coragem levam o Swimmy a enfrentar o perigo, juntando-se aos outros peixinhos, conquistando assim a liberdade.Frederico (7')Frederico, o ratinho pensador e a sua flor. Enquanto aos outros ratos do campo se abastecem de milho e avelãs para o inverno, Frederico, um ratinho muito especial, abastece-se de sol, cores e palavras. Os raios de sol para se aquecer durante o inverno frio, as cores para tornar colorida a estação mais cinzenta do ano e as palavras para aliviar o aborrecimento…
Matti da Slegare

Matti da Slegare

15ª Festa do Cinema Italiano
Um documentário rodado dentro do instituto psiquiátrico de Colorno, na província de Parma, que sublinha a intenção do psiquiatra Franco Basaglia e do político Mario Tommasini em não marginalizar as pessoas portadoras de doenças mentais. Tommasini, o responsável pela saúde pública na província comunista de Parma, em Itália, desenvolveu uma nova política para a psiquiatria: integrar as pessoas portadoras de doença mental na sociedade, em vez de ignorá-las e esquecê-las, o que era comum na época. Quando quis registar os resultados da sua nova e pioneira política, entrou em contacto com o realizador Marco Bellochio, que filmou este documentário com a cooperativa que formou. Matti da Slegare é, acima de tudo, um apelo contra todos os abusos na saúde pública e um dos exemplos verdadeiramente convincentes do cinema italiano militante, capaz de dissecar o tema da saúde mental com uma análise real que aproveita as experiências de sucesso na recuperação e integração dos doentes. O filme será acompanhado de debate com Marco Bellocchio (via zoom) e Silvano Agosti, que estará presente no festival.
Freaks Out

Freaks Out

15ª Festa do Cinema Italiano
Roma, 1943: Matilde, Cencio, Fulvio e Mario vivem como irmãos no circo de Israel. Quando Israel desaparece misteriosamente, talvez em fuga ou talvez capturado pelos nazis, os quatro são deixados sozinhos na cidade ocupada, mas os seus poderes sobrenaturais vão despertar a atenção de alguém, com um plano que poderá mudar o curso da história. Fulvio está coberto de pêlos da cabeça aos pés e tem uma força sobre-humana. Matilde é uma rapariga que consegue produzir energia e eletrocutar qualquer pessoa que lhe toque, tão elétrica que acende lâmpadas colocando-as na boca. Mario é um anão com capacidades de manipular qualquer objeto de metal. E Cencio, interpretado por Pietro Castellito, é um rapaz albino que consegue controlar os insetos à sua volta. Estes são os quatro heróis, cheios de verdade e pathos, de um universo imaginário construído à volta de um dos mais horríveis episódios da história da humanidade - a Segunda Guerra Mundial. Quando parecia que as aventuras de super-heróis já tinham sido exploradas de todas as maneiras, Gabrielle Mainetti regressa à realização, cinco anos depois de “O Meu Nome é Jeeg Robot”, para demonstrar que a criatividade dos italianos nos filmes de género é (quase) inigualável.
Conversa: Franco Basaglia e a saúde mental

Conversa: Franco Basaglia e a saúde mental

15ª Festa do Cinema Italiano
Encontro e debate com os realizadores Silvano Agosti (em presença) e Marco Bellocchio (em vídeo conferência), após a exibição do documentário Matti da Slegare, acerca do pensamento e obra de Franco Basaglia, psiquiatra que revolucionou esta prática médica, tendo como principal foco a não marginalização das pessoas portadoras de doenças mentais.
Il Cattivo Poeta

Il Cattivo Poeta

15ª Festa do Cinema Italiano
Escritor, poeta, dramaturgo, jornalista, soldado e patriota, Gabriele D’Annunzio foi o homem que inspirou Mussolini no processo de construção do Movimento Fascista Italiano. No entanto, a história de Il cattivo poeta começa nos últimos anos da vida do autor, em exílio, determinado a lutar contra a opressão fascista e sem abrir mão da sua liberdade de expressão. Embora Gabriele D'Annunzio aceite honras e nomeações de Mussolini, o Duce teme-o e envia um jovem militar para vigiar o 'poeta do mal'. No entanto, o poeta, mesmo velho e cansado, não perdeu as suas habilidades de sedução que encantarão o jovem soldado, a ponto de fazê-lo questionar-se sobre a sua verdade e a sua fé no fascismo. A estreia nas longas-metragens de Gianluca Jodice confronta a vitalidade distorcida e transgressora de um pecador, com a morte do pensamento livre e a vontade de agir de acordo com as próprias crenças. O ator Sergio Castellitto veste a pele de Gabriele D'Annunzio nesta parábola sobre poder e liberdade de pensamento com reflexos evidentes no presente.
Europa

Europa

15ª Festa do Cinema Italiano
Um menino iraquiano tenta cruzar a fronteira entre a Turquia e a Bulgária para chegar à Europa, mas é imediatamente parado na fronteira pelas forças policiais que muitas vezes se unem ao crime organizado. É então que foge para a floresta, numa luta pela sobrevivência. “Europa”, escrito e realizado pelo filho de um imigrante iraquiano e mãe italiana, fala-nos da experiência da migração. O realizador Haider Rashid elimina qualquer distância entre o espectador e o seu protagonista, lançando-nos numa experiência imersiva: sentimos o calor, a fome, a fadiga e, acima de tudo, o terror. Os inimigos aparecem de repente diante dos seus olhos e dos nossos, e são inimigos sem identidade, corpos armados sem nomes.Europa é quase um filme mudo, exceto pelos sons da respiração ofegante do protagonista e pelos tiros que ocasionalmente perfuram o silêncio da floresta. Cinematograficamente, a experiência de “Europa” evoca filmes como o húngaro “O Filho de Saúl”: uma jornada de obstáculos através do inferno, que sentimos com todos os cinco sentidos.
E noi come stronzi rimanemmo a guardare | On Our Watch

E noi come stronzi rimanemmo a guardare | On Our Watch

15ª Festa do Cinema Italiano
A falta de garantias sociais e a fragilidade económica são o ponto de partida da nova sátira de Pif, uma comédia original com um olhar crítico sobre o excesso de poder dado à tecnologia e aos algoritmos informáticos que marcam cada vez mais o ritmo da nossa vida. Arturo Giammareresi é um gerente que introduz na sua empresa um algoritmo para ajudar os funcionários a trabalhar menos e melhor. Porém, o algoritmo decide que o trabalho de Arturo é totalmente supérfluo e é despedido na hora. Além dos problemas no trabalho, também perde a namorada - porque outro algoritmo decide que o índice de afinidade do casal é negativo. O seu único consolo será Stella, um holograma que encarna (por assim dizer) todas as suas preferências, como se sempre o tivesse conhecido. Uma vez terminado o teste gratuito da aplicação, e incapaz de renovar a sua subscrição, será forçado a dar um passo em frente, em busca do amor real e da sua liberdade. Pif, pseudónimo de Pierfrancesco Diliberto e ex-repórter, documenta-se sobre as realidades contemporâneas visíveis a todos e constrói uma comédia inteligente, que cita filmes tão diferentes quanto Playtime - Vida Moderna” de Jacques Tati, ou o mais recente Her de Spike Jonze.
Atlantide

Atlantide

15ª Festa do Cinema Italiano
Uma história de iniciação masculina, violenta e destinada ao fracasso, que explode, arrastando a cidade de Veneza para um naufrágio psicadélico. O aclamado vídeo-artista e cineasta Yuri Ancarani mostra-nos Veneza como nunca vimos antes, numa experiência visual incrível e contemporânea. Este não é um filme sobre Veneza como um lugar de saudade, mas sobre as suas ruelas, sobre os vastos canais da lagoa. O cineasta Yuri Ancarani encontra aí a rara beleza da paisagem, habitada por um grupo de jovens cujo sentido da vida é participar em corridas de barco, vivendo num ritmo de adrenalina e ócio. Um filme com um olhar diferente sobre a juventude que perdeu o contato com o seu ambiente.O processo criativo de “Atlantide” durou cerca de quatro anos e a história foi concebida sem guião, permitindo que o filme fosse criado durante o processo de montagem, depois de anos a observar estes jovens, e usando os seus diálogos e vivências. A energia desta obra híbrida está na sua forma e originalidade, um trabalho cinematográfico experimental próximo da esfera artística que teve a honra de competir na secção Orizzonti do 78º Festival de Veneza.